
A superfície de Encélado vista pela sonda Cassini a uma distância de dezenas de km (Crédito: Nasa)
POR SALVADOR NOGUEIRA
30/10/15 13:55
Numa medida do tamanho do interesse do público, a Nasa acaba de divulgar imagens não processadas do mergulho da sonda em Encélado, no sobrevoo que a levou a apenas 49 km da superfície da lua-oceano de Saturno.
Não é a praxe da agência espacial americana propagandear imagens não processadas (embora, no caso da Cassini, elas sejam colocadas à disposição do público na web assim que chegam à Deep Space Network — a internet interplanetária da Nasa — e você possa vê-las aqui). Contudo, a curiosidade por esse material foi tão grande que levou à opção de não esperar pelo processamento.
Isso significa que o material não passou pelas filtragens que retiram artefatos produzidos pelos instrumentos e pela radiação cósmica, além de combinar imagens obtidas em diversos filtros de cor para produzir a versão mais fidedigna dessas visões produzidas pela Cassini no sistema saturnino.
Ainda assim, elas dão uma medida do que podemos esperar. Na foto aí de cima, vemos os detalhes da superfície de Encélado a poucos quilômetros de distância. Na de baixo, vemos os poderosos gêiseres da lua, ejetando água para fora, iluminados pela luz solar.

Os gêiseres de Encélado, após o sobrevoo, iluminados pela luz solar. (Crédito: Nasa)
E esta última aqui embaixo não está no release da Nasa, mas está nas imagens não-processadas da sonda. Não digo nada. Deixo por conta da sua imaginação. A única informação disponível é que a câmera estava apontada para Encélado.

Imagem não-processada obtida pela Cassini, apontando para Encélado (Crédito: Nasa)
“As imagens incríveis da Cassini estão nos fornecendo uma rápida olhada em Encélado nesse sobrevoo ultrapróximo, mas a ciência mais empolgante ainda está por vir”, disse, em nota, Linda Spilker, cientista da missão vinculada ao JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da Nasa, na Califórnia.
Durante o sobrevoo, além da câmera, a sonda usou seu analisador de gás e seu instrumento de detecção de poeira para analisar a composição das plumas da lua. Os cientistas acreditam que exista um ambiente propício à vida no oceano que existe sob a crosta de gelo de Encélado, mas os novos dados ajudarão a determinar isso — e quem sabe detectar indícios de química complexa que aponte na direção da biologia nessa distante lua saturnina. Não há dúvida de que vivemos a época de ouro da exploração espacial. As perguntas que nos fazemos há milênios estão prestes a ser respondidas. Não saia daí.
FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/
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