Representação artística da aurora em anã marrom - Chuck Carter e Gregg Hallinan/Caltech
Variação de luzes foi vista dentro de anã marrom a 18 anos-luz de distância, na constelação de Lyra
Cientistas viram pela primeira vez uma aurora fora do nosso Sistema Solar. Um indicador de luz foi detectado em torno de um corpo celeste denominado anã marrom a 18 anos-luz de distância, na constelação de Lyra.
As anãs marrons são corpos de baixa luminosidade e consideradas “estrelas fracassadas” — elas não têm massa suficiente para produzir a fusão nuclear em seu núcleo, como o Sol.
De acordo com a equipe que conduziu a pesquisa, publicada na revista “Nature”, o brilho da anã marrom iluminada, batizada LSR J1835, é até um milhão de vezes mais intenso do que o da aurora boreal, e sua cor é mais vermelha do que verde.
Esta é a primeira vez que confirmamos a visão de auroras em anãs marrons — conta o astrônomo Stuart Littlefair, da Universidade de Sheffield (Reino Unido).
As auroras cintilantes, causadas quando as partículas carregadas do Sol interagem com a atmosfera, estão entre os espetáculos mais deslumbrantes vistos na Terra. Elas também podem aparecer ao redor de todos os planetas do nosso Sistema Solar. A anã marrom iluminada, porém, encontra-se mais distante na galáxia.
Littlefair observou a variação de luzes durante a rápida rotação da anã marrom:
— As mudanças no brilho são consistentes com o que se espera das auroras — que também destacou como sua cor é essencialmente vermelha, devido à interação de suas partículas com o hidrogênio na atmosfera.
FONTE: O GLOBO
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