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Isótopo radioativo encontrado no fundo do mar indica explosão de supernova anciã



Por Danielle Cassita

A Terra contém raríssimos isótopos de ferro-60, um elemento radioativo que não é produzido naturalmente em nosso planeta. Portanto, encontrá-lo por aqui sugere a ocorrência de algum fenômeno à nossa volta que o produziu. Assim, uma equipe de pesquisadores de diversos países encontrou evidências relacionadas ao isótopo em sedimentos no fundo do mar, o que trouxe alguns indícios sobre sua origem. O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Para o estudo, o professor e físico nuclear Anton Wallner, junto de pesquisadores de outras universidades, realizou pesquisas em sedimentos do fundo do mar em duas localizações diferentes com o espectrômetro de massa do projeto Heavy Ion Accelerator Facility (HIAF), que tem altíssima sensibilidade. Nessas análises, eles encontraram traços de ferro-60 datados de mais de 30 mil anos atrás.

O isótopo se forma durante a explosão de uma supernova e, como ele tem uma meia-vida de até 2,6 milhões de anos, o que eles encontraram provavelmente se formou bem mais tarde do que os demais materiais que compõem os sedimentos, e deve ter vindo de alguma supernova próxima. Além disso, o isótopo também já foi encontrado em amostras de solo lunar trazidas pelas missões Apollo 12, 15 e 16, bem como em amostras de neve da Antártida.


Representação do Sistema Solar se movendo pela nuvem interestelar local (Imagem: NASA/Adler/University of Chicago /Wesleyan)

Wallner já havia encontrado traços de ferro-60 datados de 2,6 milhões de anos atrás, de modo que é possível que a Terra tenha passado por “nuvens” de uma supernova e, assim, “coletou” este material. Na verdade, já era sabido que o Sistema Solar vem se movendo através de uma nuvem densa de gás e poeira, chamada de nuvem interestelar local. “Assim, se essa nuvem tivesse se formado durante os últimos milhões de anos a partir de uma supernova, ela teria ferro-60, e nós decidimos buscar sedimentos mais recentes para descobrir”, explicou a equipe.

Entretanto, os autores observam que, como esse isótopo não parece ter relação com o momento atual do Sistema Solar em relação à nuvem interestelar local, surgem mais perguntas do que respostas. Primeiramente: se a nuvem não se formou por uma supernova, de onde ela veio? E por que existe ferro-60 tão espalhado pelo espaço? Alguns artigos sugerem que o ferro-60 preso em partículas de poeira pode migrar pelo meio interestelar, conforme afirma Dr. Wallner. “Assim, o ferro-60 poderia nascer de explosões supernovas ainda mais velhas, de modo que o que nós medimos é uma espécie de eco”. No fim, mais estudos serão necessários para responder estas e outras perguntas.

FONTE: Sci-News.com, ANU via canaltech.com.br

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