
No dia 28 de junho de 2019, o "lander" InSight da NASA usou o seu braço robótico para mover a estrutura de suporte do seu instrumento que escava, informalmente chamado de "toupeira". Estas imagens foram capturadas pelo ICC (Instrument Context Camera) situado por baixo do convés do módulo.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
Aqui está a "toupeira": o espigão sensível ao calor que o módulo InSight da NASA implantou na superfície de Marte é agora visível. A semana passada, o braço robótico do "lander" removeu com sucesso a estrutura de apoio da toupeira, que não tem conseguido escavar, e colocou-a de lado. O tirar a estrutura do caminho dá à equipa da missão uma vista da toupeira - e talvez uma maneira de a ajudar a cavar.
"Concluímos o primeiro passo do nosso plano para salvar a toupeira," disse Troy Hudson, cientista e engenheiro da missão InSight no JPL da NASA em Pasadena, no estado norte-americano da Califórnia. "Ainda não terminámos. Mas, por enquanto, toda a equipa está empolgada porque estamos muito mais perto de fazer a toupeira mexer-se novamente."
Parte de um instrumento chamado HP3 (Heat Flow and Physical Properties Package), a toupeira que se martela a ela própria está construída para escavar até 5 metros e obter a temperatura de Marte. Mas a toupeira não conseguiu escavar mais do que 30 centímetros, de modo que no dia 28 de fevereiro de 2019 a equipa ordenou que o instrumento parasse de martelar para que pudessem determinar os próximos passos.
Os cientistas e engenheiros têm realizado testes no JPL para salvar a toupeira, que lidera a missão InSight, bem como no Centro Aeroespacial Alemão (DLR), que forneceu o HP3. Com base nos testes do DLR, o solo pode não fornecer o tipo de fricção para o qual a toupeira foi projetada. Sem esta fricção para balançar o recuo do movimento de auto-martelamento, a toupeira simplesmente salta no lugar em vez de cavar.
Um sinal deste inesperado tipo de solo é aparente em imagens obtidas por uma câmara no braço robótico: formou-se um pequeno buraco em torno da toupeira enquanto esta martelava.
"As imagens vindas de Marte confirmam o que vimos nos nossos testes cá na Terra," disse o cientista do projeto HP3 Mattias Grott, do DLR. "Os nossos cálculos estavam corretos: este solo coeso está a compactar-se em paredes à medida que a toupeira martela."
A equipa quer pressionar o solo perto deste buraco usando uma pequena pá na ponta do braço robótico. A esperança é que isso colapse a cova e forneça a fricção necessária para a toupeira cavar.
Ainda é possível que a toupeira tenha atingido uma rocha. Embora a toupeira esteja construída para empurrar pequenas pedras para fora do caminho ou para se desviar em torno delas, as maiores impedem o avanço do espigão. É por isso que a missão selecionou cuidadosamente um local de aterragem que provavelmente teria menos rochas em geral e rochas mais pequenas perto da superfície.
A garra do braço robótico não foi projetada para levantar a toupeira assim que fique fora da sua estrutura de suporte, de modo que não será capaz de a realocar caso uma rocha esteja a bloquear o seu progresso.
A equipa vai discutir os próximos passos a tomar com base numa análise cuidadosa. No final do mês, depois de soltarem a garra do braço da estrutura de suporte, vão fotografar em mais detalhe a toupeira.

No dia 28 de junho de 2019, o "lander" InSight da NASA usou o seu braço robótico para mover a estrutura de suporte do seu instrumento que escava, informalmente chamado de "toupeira". Estas imagens foram capturadas pelo IDC (Instrument Deployment Camera) no braço robótico do módulo.
Crédito: NASA/JPL-Caltech
FONTE: ASTRONOMIA ONLINE
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