Por Wagner Wakka
Um dos computadores mais conhecidos da história do cinema é o HAL 9000, inteligência artificial que acompanhava os astronautas na jornadas do livro criado por Arthur Clarke, o qual virou filme de Stanley Kubrick. Este clássico inspirou um engenheiro a tentar criar um HAL 9000 para ajudar astronautas na vida real.
Pete Bonasso é pesquisador em inteligência artificial do TRACLabs, do Texas e disse ter começado a projetar a sua ideia logo após assistir a 2001: Uma Odisseia no Espaço. Ele publicou no último dia 21 o seu trabalho chamado A HAL 9000 to 2121 (Um HAL 9000 para 2121, em tradução livre).
A ideia é basicamente ter uma inteligência artificial com o mesmo propósito do filme (claro, sem matar os astronautas, com o perdão do spoiler): o de ser um mecanismo guia para missões espaciais.
Para criar o seu próprio HAL 9000, eles desenharam um sistema chamado CASE, sigla para arquitetura cognitiva para agentes espaciais. O mecanismo funciona em três camadas. A primeira é direcionada para o controle efetivamente mecânico de uma nave, como direcionamento, ajuste de velocidade e cálculo de aceleração. A proposta é de que tudo isso seja feito com base em uma simulação de base planetária.
Em segundo plano, o CASE deve ser capaz de controlar toda a atmosfera da nave, mantendo níveis seguros de oxigênio, além de manter equipamentos em ordem como baterias e ferramentas.
Por fim, esse sistema também tem uma camada que será responsável por fazer pequenas manutenções e reparos. Esse último plano vai listar algumas tarefas que devem ser realizadas no dia a dia.
O CASE também deve usar todo o mecanismo de inteligência artificial para tomar decisões lógicas, mesmo que um ser humano não ordene. Um exemplo que Bonasso dá é caso uma pessoa retire uma caixa de ferramentas do lugar e esqueça de devolver, o próprio CASE será capaz de voltar o equipamento, supondo que a ausência possa gerar um problema futuro.
Agora, vamos à parte mais icônica, como a apresentada no filme. Sim, o Hal 9000 deve ser capaz de trocar algumas palavras com os usuários. Claro que não de forma tão filosófica como na ficção. Segundo Bonasso, a proposta é de que ele tenha uma tela que apresente os dados, mas também seja capaz de responder a comandos de voz e emitir alertas e sugestões sonoras.
O TRACLabs já está trabalhando com a NASA em testes de ambientes simulados, em que astronautas treinam a relação com o aparelho. O objetivo é que a agência norte-americana consiga implantar o sistema em suas missões.
Toda a pesquisa de Bonasso foi publicada na revista Science Robotics.
FONTE: canaltech.com.br - CineDVD Dublagem Clássica
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