PEDACINHO DOS MANUSCRITOS DO MAR MORTO ERA O TRECHO QUE FALTAVA DO SALMO 147 (FOTO: IAA)
Texto das escrituras hebraicas foi encontrado depois de análise com infravermelho
Foram 70 anos para que os pesquisadores conseguissem decifrar todos os textos dos Manuscritos do Mar Morto. Em janeiro, arqueólogos da Universidade de Haifa, em Israel, conseguiram decifrar o que pensavam ser a última parte dos textos, 60 pequenos fragmentos escritos com códigos em pergaminhos de papiro.
Outros tantos fragmentos, de tão pequenos e frágeis, foram deixados de lado. Afinal, não tinha nada escrito neles. No entanto, pesquisadores da Autoridade de Antiguidades de Israel resolveram digitalizar esses pequenos pedacinhos de papiro a fim de compartilhar com o público.
Durante o trabalho, Oren Ableman, um pesquisador de pergaminhos na Unidade de Manuscritos do Mar Morto da IAA, viu que alguns dos encontrados perto da Caverna 11 de Qumran traziam marcas diferentes dos demais. Esses fragmentos pareciam vazios a olho nu, mas, usando imagens em infravermelho, descobriu que eles tinham letras e palavras hebraicas.
Ableman decidiu se dedicar ao trabalho de decifrar esses fragmentos de manuscrito, encontrando como em um quebra-cabeças o local a qual cada pedacinho de texto havia saído.
Encontrou a origem nos livros de Deuteronômio e Levítico, que estão na Bíblia Hebraica (também conhecida como o Antigo Testamento da Bíblia Cristã), e no Livro dos Jubileus, um texto escrito ao mesmo tempo que a Bíblia Hebraica que nunca foram incorporados nos livros bíblicos.
Um dos fragmentos, retirado do Pergaminho dos Grandes Salmos, contém parte do começo do Salmo 147:1 e revelou que o texto original é ligeiramente mais curto do que o texto hebraico usado hoje em dia. Outro pedacinho de papiro é trecho de uma carta escrita em paleo-hebraico, uma versão antiga do idioma, que não se encaixou em nenhum manuscrito conhecido, e pode se tratar de um texto novo.
FONTE: REVISTA GALILEU
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