POR SALVADOR NOGUEIRA
Uma boa parte das pessoas vivas hoje não teve o privilégio de testemunhar ao vivo as missões Apollo, que levaram os primeiros humanos à superfície da Lua entre 1969 e 1972. Mas agora, graças à tecnologia e ao trabalho dedicado de um entusiasta em parceria com um grupo do Escritório de História da Nasa, é possível reviver a última e mais longa das missões lunares em tempo real — com uma riqueza de detalhes impressionante, capaz de fazer qualquer conspiracionista capitular.
No site Apollo17.org, foram reunidos todos os áudios da missão, desde 1 minuto antes do lançamento do Saturn V, em 7 de dezembro de 1972, até a descida no Oceano Pacífico, no dia 19. (Clique aqui para visitá-lo.)
Página de abertura do site Apollo17.org, que recria a última missão lunar em tempo real.
“Os esforços de restauração são baseados em imagens de transcrições da missão original que foram datilografados em 1972, áudio original da missão liberado pela Nasa pelo Internet Archive, transmissões de televisão e os filmes de bordo de 16 mm, e scans de alta resolução das fotografias de 70 mm tiradas pela tripulação”, diz Ben Feist, o líder do projeto, que teve uma versão publicada em 2015 e ganhou uma repaginada com novos dados e informações da sonda Lunar Reconnaissance Orbiter, no final do ano passado, coincidindo com 44o aniversário da missão Apollo 17.
Você pode assistir ao conteúdo linearmente, do início até o final, ou pode ir pulando para a parte que quiser. Também é possível entrar numa “recriação” em andamento.
Ao todo, são mais de 300 horas de áudio, mais de 22 horas de vídeo e mais de 4.200 fotos, numa experiência muito mais rica do que a que teria sido possível fornecer em 1972, quando a missão voou, a não ser que você estivesse no Controle da Missão, em Houston.
Além disso, reviver a derradeira aventura humana na Lua no século 20 é um ótimo “esquenta” para as próximas incursões tripuladas lunares. No momento, a Nasa já planeja usar seu novo foguete SLS e sua cápsula Orion, ambos em desenvolvimento, para colocar astronautas numa órbita nos arredores da Lua entre 2021 e 2023 — cinquenta anos após as últimas missões Apollo.
P.S.: A Apollo 11, primeira chegada do homem na Lua, também tem um site que recria a missão, mas aí é só o pouso mesmo, em 20 de julho de 1969. Se quiser dar uma olhada, clique aqui.
FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/
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