
Radiotelescópio Parkes, da Austrália, se junta ao maior projeto de busca por inteligência extraterrestre da história (Crédito: CSIRO)
POR SALVADOR NOGUEIRA
Projeto de busca de inteligência extraterrestre conduz escuta sobre estrela mais próxima.
ALÔ, VIZINHO
Nunca antes na história deste planeta houve um esforço tão grande para a busca por inteligência extraterrestre, a famosa pesquisa SETI. A começar, é claro, pela vizinhança. No início do mês, o radiotelescópio Parkes, na Austrália, iniciou uma escuta na direção de Proxima Centauri, a estrela mais próxima do Sol.
PLANETA JÁ TEM
O alvo se tornou mais atraente com a descoberta de que essa pequena anã vermelha tem um mundo de porte similar ao da Terra localizado em sua zona habitável. Isso quer dizer que ele está no lugar certo, nem muito quente, nem muito frio, para permitir a presença de água em estado líquido — condição essencial para a vida.
GRANDE PLANO
A observação faz parte do projeto Breakthrough Listen, a maior iniciativa já realizada para a busca por sinais de rádio ou laser potencialmente emitidos por civilizações extraterrestres. Serão dez anos de observações, a um custo de US$ 100 milhões, bancados pelo empresário russo Yuri Milner.
PROGRESSOS
Desde o anúncio da iniciativa, no ano passado, o projeto tem feito avanços. As observações foram iniciadas em janeiro de 2016 com o radiotelescópio de Green Bank e um telescópio óptico no Observatório Lick, ambos nos EUA. Agora com Parkes, o céu do hemisfério Sul passa a ser vasculhado também.
MAIOR DO MUNDO
Em paralelo, a iniciativa assinou um acordo de cooperação com a China, que acaba de inaugurar o maior radiotelescópio de antena única no mundo, o Fast, com impressionante meio quilômetro de diâmetro. O gigante chinês iniciou suas operações em setembro.
SHOW DO MILHÃO
Os objetivos do Breakthrough Listen são ambiciosos — verificar individualmente 1 milhão de estrelas mais próximas do Sol, além de fazer um rastreio genérico do plano da Via Láctea e uma escuta das cem galáxias mais próximas. É um salto absurdo nos esforços já feitos até agora. Para efeito de comparação, o famoso projeto Phoenix, entre 1995 e 2004, escutou apenas 800 estrelas próximas. Agora a busca é para valer.
FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/
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