
(FOTO: DAWN SCIENCE TEAM/NASA/JPL-CALTECH/GSFC) O PROVÁVEL RETRATO FALADO DO PICOLÉ ESTRESSADO.
Um vulcão de água gelada com metade do tamanho do Everest. Parece umaatração de parque aquático, mas é a nova arma do asteroide Ceres para ganhar alcançar a fama. A descoberta feita pela equipe de Ottaviano Ruesch, da NASA, foi publicada na Science.
Descoberto no século 19, o irmão de Plutão foi inicialmente alçado ao título de provável décimo planeta do Sistema Solar, mas as definições de planeta anão foram atualizadas, e Ceres acabou rebaixado à mesma categoria do ex-nono planeta.
Para os parâmetros de sua vizinhança, porém, Ceres é bem nutrido: um terço de toda a massa do cinturão de asteroides que fica entre Marte e Júpiter corresponde a ele. Não bastasse o tamanho razoável, ele ainda prega peças nos observadores. Já foram registradas crateras que desapareceram de sua superfície sem deixar vestígios e inexplicáveis manchas brilhantes.
Sua nova carta na manga é o vulcão Ahuna Mons, que, em vez de lava, expele água e sal. Isso mesmo, uma ótima ideia para colocar um pouco de macarrão na mistura e improvisar um jantar cósmico. O nome do vulcão é criovulcão, ou vulcão gelado.
Ninguém o viu em atividade, mas há bons motivos para acreditar que ele estaja ativo, sim: não há atividade tectônica no planeta anão, o que excluí a possibilidade de que uma elevação geográfica tenha se formado pelos mesmos processos que deram origem às cordilheiras terráqueas. E foi possível verificar que a erosão não é significativa. “O único processo que pode formar uma montanha isolada é o vulcanismo”, explicou Rausch ao Business Insider.
Essa é a mais clara evidência de um vulcão gelado já encontrada. E a existência dessa bizarrice cósmica pode revelar detalhes fascinantes das características químicas e geológicas do astro. "Nós haviamos visto pistas de atividade criovulcânica no passado, mas não tínhamos certeza. Essa é uma descoberta importante que restringe as formas como Ceres pode ter se desenvolvido", afirmou Ruesch ao veículo americano. "A montanha na superfície nos conta o que está acontecendo em seu interior."
Entre outras possíveis implicações da descoberta, a presença de sal diminui a temperatura de solidificação da água, o que pode explicar a características que resultam da circulação de fluidos mesmo em temperaturas tão baixas (a mínima, por lá, é -106ºC, e a máxima, -34º).
FONTE: Revista Galileu(Via Science Alert)
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