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POR SALVADOR NOGUEIRA
Uma “nova” estrela apareceu no céu há coisa de cinco dias. E preste atenção às aspas, porque “nova” é só modo de dizer. Trata-se de um astro que já estava lá antes, mas subitamente aumentou seu brilho e se tornou visível da Terra.
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Duas imagens feitas pelo astrônomo amador italiano Ernesto Guido mostram o antes e o depois da Nova Lupus 2016 (Crédito: Ernesto Guido)
A estrela foi detectada primeiro em imagens da ASAS, sigla para All Sky Automated Survey (Varredura Automática de Céu Inteiro), instalada no Observatório do Cerro Tololo, no Chile. Os estudos agora estão em andamento e observadores do mundo inteiro estão colhendo espectros, que sugerem que se trata mesmo de uma “nova” localizada dentro de nossa galáxia.
É importante fazer uma distinção entre “nova” e “supernova”. E trata-se de uma diferença de escala, como o próprio nome sugere. Ambas podem surgir pela detonação súbita de um cádaver estelar que atinge massa crítica ao roubar matéria de um astro companheiro. Mas enquanto, na nova, quem está surrupiando massa da vizinha é uma anã branca — cadáver deixado por uma estrela de baixa massa, como o Sol –, na supernova quem faz esse papel é uma estrela de nêutrons — remanescente da morte de uma estrela azul, de alta massa. (Um mecanismo alternativo, e mais conhecido, para a produção de uma supernova envolve a simples morte de uma estrela de alta massa; o colapso por si só produz uma explosão violentíssima.)
“Novas são aumentos súbitos de brilho em sistemas de estrelas binários cerrados, provocados por detonações termonucleares em material acumulado no objeto compacto — uma anã branca — do par”, explica Gabriel Hickel, astrônomo da Universidade Federal de Itajubá (MG). “Essas detonações repentinas podem aumentar em mais de 50 mil vezes o brilho do sistema. Em algumas ocaisões é possível ver a olho nu, como uma estrela, onde nada antes aparecia, por isso o termo ‘nova’.”
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Imagem feita pelo astrônomo Gabriel Hickel, da Universidade Federal de Itajubá (MG), mostra a nova em contexto (Crédito: Gabriel Hickel)
Não é o caso, infelizmente, da Nova Lupus 2016 (assim chamada por estar na constelação do Lobo e ter sido detectada neste ano). Com magnitude entre 6,5 e 7, ela não é perceptível a olho nu, mas pode ser encontrada já com binóculos.
Esse brilho deve durar pelo menos por mais alguns dias, por vezes semanas, antes de a estrela voltar à baixa (e indetectável) luminosidade habitual.
Caso você queira procurar a nova, a constelação do Lobo fica na direção do sudoeste, do poente até por volta de 21h30.
FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br/
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