
Gigantes do setor aerospacial dos dois países já sabem que uma base na órbita da Lua pode ajudar a humanidade a alcançar Marte
Corrida espacial é coisa do passado. Após a queda do Muro de Berlim e o fim da União Soviética, a disputa travada entre a a URSS e os EUA ao longo da Guerra Fria pela conquista do espaço foi substituída por uma colaboração que daria origem, em 1993, ao projeto da Estação Espacial Internacional, a ISS. Agora, mais 20 anos depois, os dias da estação estão contados, e os dois se unem para um novo capítulo da estadia humana no espaço: uma base na órbita da Lua.
A NASA, agência espacial americana, não tem interesse de por os pés na Lua de novo. Após a Apollo 11, outras cinco missões alcançaram o astro com sucesso. O satélite natural da Terra, porém, pode ajudar o ser humano a dar o próximo passo na conquista do espaço: Marte.
Uma base lunar seria muito útil como uma parada intermediária na jornada para o planeta vermelho. E a cooperação entre os dois países para chegar lá é necessária por um motivo simples: Marte fica muito longe. A menor distância que o planeta já passou da Terra foi 55 milhões de km há mais de 50 mil anos atrás. Os russos têm experiência com a criação de módulos espaciais habitáveis, necessários para uma permanência tão longa no vácuo. Já os americanos tem o Space Launch System (SLS), um eficiente sistema de propulsão. Em uma empreitada tão ambiciosa, unir forças é a melhor aposta.
Além de servir de base de lançamento, há uma série de outras vantagens em estabelecer uma residência mais ou menos fixa na órbita da Lua. Seria possível fazer simulações mais realistas de uma expedição em Marte no solo lunar. Ou capturar um asteróide e "domá-lo" – posicionando o corpo na órbita do satélite –, o que ajudaria cientistas a estudar melhor as características desses corpos celestes.
William Gerstenmaier, da NASA, afirmou ao site Popular Mechanics que a "agência apóia os esforços da indústria, mas informa que ainda não dá apoio nem participa da iniciativa". Até agora, os planos estão sendo preparados pelas gigantes aeroespaciais Lockheed Martin e Boeing, em associação com as russas RKK Energia and GKNPTs Khrunichev.
Com informações de Popular Mechanics
*Com supervisão de Nathan Fernandes
FONTE: REVISTA GALILEU
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