Fenômeno conhecido como 'glória', registrado pela
Agência Espacial Europeia, ocorre quando a luz do Sol
brilha sobre as gotas de uma nuvem
(Foto: ESA/MPS/DLR/IDA)
Fenômeno conhecido como 'glória', registrado pela Agência Espacial Europeia, ocorre quando a luz do Sol brilha sobre as gotas de uma nuvem.
Fenômeno semelhante a um arco-íris - e conhecido como 'glória' - foi pela primeira vez fotografado em outro planeta.
A espaçonave Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), que decolou em 2005 com a missão de estudar o planeta vizinho, fotografou as nuvens venusianas em posição adequada para registrar a glória, e conseguiu.
Arco-íris e glórias ocorrem quando a luz do Sol brilha sobre as gotas de uma nuvem - que, no caso da Terra, são de água.
Enquanto um arco-íris tem a forma de um arco no céu, as glórias são menores. São uma série de anéis concêntricos de cores com um núcleo brilhante.
Só são vistas quando o observador estiver localizado entre o Sol e as partículas que refletem a luz.
Na Terra, glórias costumam ser vistas por passageiros de aviões em voo, rodeando a sombra das aeronaves nas nuvens, ou por montanhistas no topo de morros cobertos de névoa, explica a ESA em seu comunicado.
A glória venusiana - retratada na primeira imagem completa de um fenômeno como este a ser registrado em outro planeta - foi vista nas nuvens de Vênus, a 70 km da superfície do planeta, em 24 de julho de 2011. As fotos foram divulgadas nesta semana.
Química misteriosa
Mas a ocorrência de uma glória depende que as partículas das nuvens sejam esféricas - ou seja, provavelmente gotas de líquido - e de tamanho similar. Acredita-se que as gotas da atmosfera de Vênus contenham ácido sulfúrico.
Ao capturar imagens das nuvens com o Sol diretamente atrás da Venus Express, os cientistas da ESA explicam que esperavam detectar um fenômeno como este, com o objetivo de analisar as gotas da atmosfera do planeta mais próximo a nós.
A partir das observações feitas a partir da glória, os cientistas estimam que as partículas da nuvem sejam de 1,2 micrômetros, o equivalente a um quinto da largura de um fio de cabelo humano.
Além disso, após analisar as variações de brilho dos anéis do fenômeno, os cientistas creem que uma química incomum talvez esteja em ação em Vênus, produzindo um resultado diferente do esperado de nuvens de ácido sulfúrico misturado com água.
Serão necessárias mais pesquisas para descobrir que outro componente químico pode estar em ação.
FONTE: G1.COM
Comentários
Postar um comentário